sábado, 24 de maio de 2008

Alcy Cheuiche


Mozart Pereira Soares Adeus ao Mestre

Alcy Cheuiche

Na terra vermelha de Palmeira das Missões nasceu um dos homens mais preciosos que o Brasil possuía. E nela repousa agora, depois de encantar a terra em noventa e um anos de vida. O conhecimento individual, na era das especializações, é cada vez mais limitado. Vai longe o tempo em que um único ser humano era depositário de extensões imensas de sabedoria. Temos que recuar mais de dois milênios para encontrar o modelo de Mozart Pereira Soares. Aristóteles, que foi capaz de entender o funcionamento do organismo humano, dos animais e das plantas, e de especular sobre a origem e o destino de todos os seres vivos, despertou naquele jovem estudante de Medicina Veterinária a ânsia do conhecimento universal. E quando, no ano de 1954, defendeu sua tese de Doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, parece que defendia também o direito de recuar no tempo para enxergar mais longe e melhor. Concepções Anatômicas e Fisiológicas de Aristóteles recebeu nota máxima da banca examinadora e revelou ao meio acadêmico brasileiro uma nova estrela das ciências médicas. Antes disso, como conta em sua trilogia A Restauração da Manhã, composta dos livros de memórias Pastoral Missio- neira, Tempo de Piá e Meu Verde Morro, o menino Mozart teve que vencer a pobreza, que Saint-Exupéry considerava o maior de todos os obstáculos para o sucesso humano. Descrita por ele mesmo em palavras simples: Ainda vim a conhecer o galpão velho em que nasci, mal arrimado em seis esteios cambembes, rodeado de costaneiras de pinho, cheio de frinchas por onde o vento miava. Na névoa dessas lembranças surge o meu pai, que eu via de bigode ruivo, carão vermelho e peito suado, trabalhando, criando as coisas que se espalhavam à roda de nós, sobre a terra. A mesma terra vermelha que está amontoada ao lado do buraco cavado à pá, onde pediu para ser colocado o seu corpo sem vida. No lugar onde nasceu, no dia 29 de março de 1915, vai repousar o Mestre que nos deixou no dia 11 de dezembro de 2006. Plantado no campo como uma das muitas árvores que cultivou. No meio ambiente despido de poluição que conservou como ecologista, um dos pioneiros dessa militância ao lado de José Lutzenberger. Próximo a uma escola agrícola, outra de suas paixões, o túmulo será vizinho do pinheiro de trezentos anos, que ele apresentava com orgulho aos visitantes, e da casa que foi seu refúgio, onde será construída uma biblioteca para abrigar os milhares de livros que ele leu e guardou. Um túmulo pastoral, digno de um sábio. Onde cada manhã será res- taurada pelo perfume da brisa e o canto dos sabiás. Mozart Pereira Soares, que aprendeu a ler nos jornais que vendia nas ruas de Palmeira das Missões, tem hoje na cidade missioneira um magnífico Centro Cultural com o seu nome. Cientista e artista conhecido e admirado em todo o país, nos deixa duas cadeiras vagas: uma na Academia Brasileira de Medicina Veterinária, com sede no Rio de Janeiro, e outra na Academia Rio-Grandense de Letras, em Porto Alegre. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul conquistou dois diplomas de graduação: o de Médico-Veterinário, em 1943, e o de Advogado, em 1986, aos 71 anos de idade. Nesse meio tempo, como Professor Catedrático de Anatomia e Fisiologia dos Animais Domésticos, deixou sua marca em milhares de alunos, foi Diretor da Faculdade de Agronomia e Veterinária, Membro do Conselho Universitário e Reitor pro tempore da mesma Universidade que o iria destacar, em 1999 com o título de Professor Emérito. Na Universidade de Santa Maria, indicado pelo Prêmio Nobel Bernardo Houssay, de quem tinha sido aluno em Buenos Aires, foi o primeiro Professor de Fisiologia da Faculdade de Medicina, uma façanha digna de um veterinário de notório saber. Saber idêntico iluminava o homem de letras, detentor de muitas distinções literárias, como a Medalha Simões Lopes Neto, escritor que conhecia a fundo e sobre o qual nos deixou um ensaio magnífico: Aspectos sensoriais em Lendas do Sul. Erico Verissimo, que nasceu na cidade vizinha de Cruz Alta, escolheu Mozart Pereira Soares para prefaciar a mais famosa de suas obras, O Tempo e o Vento. Ivan Lins elogiou seus livros em prosa e verso, o identificando como possuidor de uma daquelas almas sonoras, a que se referia Eça de Queiroz, nas quais vibra, em resumo, toda a vida que as cerca. O livro/poema que escreveu sobre o Papa João XXIII, Adaga Flor, é obra de referência ética e estética. Erva Cancheada revelou ao Rio Grande do Sul e ao Brasil o belo folclore dos ervateiros, dos artífices do chimarrão. E para quem quiser conhecer um esboço abrangente de toda a obra escrita do nosso Mestre, recomendo o livro de Antonio Hohlfeldt, Saber Universitário com Gosto Campeiro que tive a honra de prefaciar na primavera de 1997: De tanto ver triunfarem as nulidades, como dizia Ruy, muitos até duvidam que existam ainda hoje seres humanos enciclopédicos como Mozart Pereira Soares. Intelectuais famintos de saber que conheçam e dissertem com a mesma profundidade sobre a história dos homens, a vida dos animais, o cultivo das plantas, a idade das pedras e a pureza das águas. Aqui perto deste túmulo campeiro, junto ao qual acabo de dizer algumas palavras de despedida, está aquela nascente onde Mozart bebia com as mãos em concha, desde a mais remota infância. Um lugar mágico onde ele levou a esposa Terezinha Beltrão Soares, seu primeiro e único amor, a beber com ele em muitos e muitos anos de vida, e onde chorou sua morte em janeiro de 2004. O olho d’água que é o ponto de partida, como dizia Emil Ludwig, dos seres humanos e dos rios. Algumas dessas nascentes somem debaixo da terra depois de alguns poucos passos, outras se transformam apenas em poços ou pequenas lagoas. Raras são as que formam rios capazes de chegarem ao oceano. Como esta de Mozart Pereira Soares, um ser humano que atingiu as maiores profundidades sem deixar de ser sempre límpido e cristalino. Um cérebro poderoso a serviço do bem.



Alcy Cheuiche com Olímpus, seu cavalo Andaluz.




Alcy Cheuiche é o eleito
MÁRCIO PINHEIRO - ZERO HORA
Foto: Mauro Vieira

Um freqüentador da Praça da Alfândega, num estado visivelmente alterado, aborda o homem cercado por câmeras de TV e fotógrafos e diz: - Se me der dinheiro, eu voto no senhor. - Não precisa, já estou eleito.
Foi esse o primeiro contato que o escritor Alcy Cheuiche teve com parte do público com quem ele vai conviver durante os 15 dias da realização da 52ª Feira do Livro de Porto Alegre. Poucos minutos antes, em um café no Margs, Cheuiche havia sido anunciado como patrono do evento, que começa no próximo dia 27 de outubro. Experiência no cargo ele tem. Foi patrono de feiras do livro de muitas escolas em todo Rio Grande do Sul e das cidades de Alegrete, Caçapava do Sul, Gramado, Gravataí e São Sepé.
- Na Feira do Livro de Porto Alegre, concorri cinco vezes e fico feliz em ser homenageado no ano em que se comemora o centenário de Mario Quintana, um dos grandes incentivadores que tive - disse Cheuiche.
O autor também aproveitou a ocasião para recordar sua relação com a Feira, local onde autografou seu primeiro livro, O Gato e a Revolução, em outubro de 1967.
- Era uma outra Feira do Livro, com uma dimensão bem menor. O desafio agora é expandir o evento mas não deixar que ele perca suas características de uma festa ao ar livre.
Gaúcho de Pelotas - embora considere Alegrete como sua cidade natal -, Alcy José de Vargas Cheuiche nasceu em julho de 1940. Formado em veterinária, começou a escrever contos e poesias na metade dos anos 60, antes de viajar para a Europa, onde fez cursos de pós-graduação na França e na Alemanha.
- Morei em São Paulo, na Europa, mas sempre me considerei um homem do campo. Minhas referências culturais são todas de lá.
E foi no romance histórico que Cheuiche encontrou seu caminho na literatura, com livros como Sepé Tiaraju: Romance dos Sete Povos das Missões (traduzido para o espanhol e para o alemão e também editado em quadrinhos no Brasil) e Ana Sem Terra (com oito edições no Brasil e uma na Alemanha, onde foi escolhido para representar o Brasil na Feira do Livro de Frankfurt de 1994).
Além dessas obras, merecem destaque na bibliografia de Cheuiche as novelas Lord Baccarat, A Mulher do Espelho e Nos Céus de Paris - Romance da Vida de Santos Dumont, uma biografia do Pai da Aviação. Seu trabalho mais recente, lançado em 2003, é Jabal Lubnàn - As Aventuras de um Mascate Libanês, romance que narra a trajetória de seu avô.
Morador do bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e casado com Maria Berenice Gervásio Cheuiche, o novo patrono conseguiu conciliar a paixão pela escrita e pela veterinária dividindo com a mulher a direção da revista A Hora Veterinária, publicação especializada que existe há 25 anos.
Ontem, enquanto caminhava pela praça, conversava com ex-patronos - Frei Rovílio e Walter Galvani foram lá para abraçá-lo - dava entrevistas e posava para as fotos, Cheuiche já fazia planos.
- Minha intenção é transformar a emoção em ação. Pretendo me envolver muito com todas as atividades da Feira do Livro.


Alcy Cheuiche é o novo patrono da Feira do Livro
Assessoria de imprensa da Feira do livro
Foto: Luiz Ventura

― Bem-vindo, Alcy Cheuiche!

Com essas palavras, o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), Waldir da Silveira, anunciou o novo patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, que chega a sua 52ª edição neste 2006. O anúncio foi feito durante um café da manhã no Bistrô do Margs, que reuniu jornalistas e outros autores que concorriam ao posto. Airton Ortiz, Carlos Urbim, Fabrício Carpinejar, Jane Tuitikian estiveram presentes e Charles Kiefer, Juremir Machado da Silva, Luiz de Miranda, Luís Augusto Fischer e Neltair Abreu (Santiago) não puderam comparecer.

Cheuiche agradeceu aos outros patronáveis pela modéstia de haverem se deixado candidatar, explicando que há sempre um acima de todos os homenageados: a Feira do Livro. O autor manifestou seu contentamento em poder desempenhar o papel de anfitrião da Feira no ano do centenário de um querido amigo seu, Mario Quintana.

― A emoção tem que ser transformada em ação ― afirmou o novo patrono, destacando a importância de uma luta efetiva pela difusão do amor à leitura. Para ele, a Feira do Livro de Porto Alegre contribui para isso e é um modelo a ser seguido pelo Brasil afora. O caráter popular de ter os livros expostos em praça pública, acessíveis aos freqüentadores, é, segundo Cheuiche, uma característica de valor inestimável que nossa Feira não pode perder.

O novo patrono ressaltou ainda a importância de estimular crianças e jovens a ter contato com os livros, e agradeceu aos professores que incentivam junto a seus alunos a leitura de autores gaúchos. Terminou com um pedido-lembrete à imprensa:

― A Feira está muito mais cultural hoje do que há 20 anos. Procurem dar atenção especial às palestras, conferências e debates que estão programados para acontecer no período da Feira, e não apenas aos lançamentos de livros.

Sobre Alcy Cheuiche
Depois de ter sido patrono de Feiras do Livro das cidades de Alegrete, Caçapava do Sul, Gramado, Gravataí e São Sepé, Alcy José de Vargas Cheuiche é agora o patrono da maior feira de livros a céu aberto da América Latina: a Feira do Livro de Porto Alegre. Gaúcho de Pelotas, Cheuiche nasceu a 21 de julho de 1940. Aos quatro anos de idade, mudou-se com a família para Alegrete, que considera sua terra adotiva. Foi lá que aprendeu a ler, escrever e amar a vida no campo. O interesse pela literatura foi despertado pelo pai, um grande contador de histórias, e pelas aventuras no Sítio do Pica-pau Amarelo narradas por Monteiro Lobato.
Durante a Faculdade de Agronomia e Veterinária, que cursou na UFRGS, em Porto Alegre, Alcy já colaborava em jornais universitários com artigos, contos e poesias. Em 1966, enquanto fazia um estágio em Veterinária na Alemanha, escreveu seu primeiro livro de prosa, O gato e a revolução. Em outubro de 1967, o livro era lançado na Feira do Livro de Porto Alegre. Mario Quintana, seu “conterrâneo” do Alegrete, recebeu o primeiro autógrafo.
A produção de Cheuiche não parou de crescer desde então. Em 1978, a Sulina publicou Sepé Tiaraju: romance dos Sete Povos das Missões. O livro foi considerado o melhor do ano pela Faculdade de Letras de Santa Rosa e traduzido para o espanhol e para o alemão, além de editado em quadrinhos no Brasil. A primeira edição em espanhol esgotou-se em cinco meses.
É unânime a opinião da crítica de que foi no romance histórico que Cheuiche encontrou seu caminho na literatura brasileira. Em Ana sem terra, (oito edições no Brasil e uma na Alemanha), o autor uniu seu talento de romancista com uma corajosa pesquisa histórica sobre a reforma agrária. Na Alemanha, o livro foi um dos escolhidos para representar o Brasil na Feira do Livro de Frankfurt de 1994, tendo recebido calorosa acolhida da crítica especializada. A revista Die welt, na edição de outubro de 1994, destacou: “Escrito em estilo vivo e cativante, o romance de Alcy Cheuiche é uma descoberta para aqueles que procuram uma entrada literária para o maior país da América Latina”.
Entre os livros mais conhecidos do novo patrono da Feira estão também as novelas Lord Baccarat e A mulher do espelho. A primeira trata do problema das drogas no Brasil, abordando a figura do traficante que freqüenta a alta sociedade e procura fazer carreira política. Foi o terceiro livro de ficção mais vendido da Feira do Livro de Porto Alegre de 1993. A mulher no espelho recorda a saga dos “dezoito do forte de Copacabana”, oferecendo ao leitor uma narrativa em que História e Espiritismo mesclam-se numa trama envolvente.
Alcy Cheuiche ganhou o prêmio literário Ilha de Laytano com o romance histórico A Guerra dos Farrapos. O livro de crônicas Na garupa de Chronos, publicado em novembro de 2000, ganhou o Prêmio Açorianos 2001. Em 1998, o autor recebeu dois prêmios literários pelo livro Nos céus de Paris - Romance da vida de Santos Dumont: troféu da RBS como o melhor romance lançado na Feira do Livro de Porto Alegre e troféu Laçador, como o melhor livro publicado no sul do Brasil em 1998. Em 2002, pelo conjunto da obra, recebeu do Governo do Estado do Rio Grande do Sul a Medalha Simões Lopes Neto.
Cheuiche é membro vitalício da Academia Rio-grandense de Letras e sócio fundador da Associação Gaúcha de Escritores. Na comunicação científica, divide com a esposa, Maria Berenice Gervasio Cheuiche, o cargo de direção da revista A hora veterinária, editada em convênio cultural com a França há 25 anos.



Alcy Cheuiche recebe homenagem na
Feira do Livro de Bagé
O SESC, juntamente com Secretaria de Cultura e a Faculdade de Comunicação da URCAMP, concederam o título de "Incentivo à Literatura" durante a Feira do Livro de Bagé.
Com dois livros de contos e um romance histórico, a Oficina de Criação Literária Alcy Cheuiche formou nos anos de 2002 e 2003 com a colaboração da Faculdade de Comunicação da URCAMP duas turmas de contistas.


Lançamento do Livro "Seis contistas de Bagé"
Dia 13, terça-feira, às 20 horas, no Clube Comercial de Bagé, Lançamento do livro "SEIS CONTISTAS DE BAGÉ"
"SEIS CONTISTAS DE BAGÉ" nos revela seis novos escritores, malhados na Oficina de Criação Literária Alcy Cheuiche. Leitura leve e ao mesmo tempo reflexiva. São 24 contos. Dezoito de ficção que retratam nosso modo de ser meridional urbano e pampeano. Seis de cunho histórico onde Bagé, por ser ponto estratégico e fronteira, se relaciona com o Brasil e o mundo. Oitenta e oito páginas de humor, história, fatos do cotidiano e assombração.
AUTORES: Cláudio Falcão, Fabiana Gonçalves, Rafaela Gonçalves Ribas, Sarita Barros, Sonia Alcalde e Yara Mª Botelho Vieira

A Liga Feminina de Combate ao Câncer foi a entidade escolhida para ser beneficiada no dia do lançamento.

Link:http://www.graficametropole.com.br/livraria/catalogo.asp



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Alcy Cheuiche na Bienal de São Paulo
O escritor Alcy Cheuiche estará autografando o livro "Jabal Lubnàn - As aventuras de um mascate libanês" na Bienal de São Paulo, nesta segunda feira dia 19 de abril às 19 horas.


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Cultura: Quando se volta o olhar às etnias imigrantes

Hoje (11/11/2003), a partir das 18h, o romancista Alcy Cheuiche lança em Pelotas seu último trabalho, Jabal Lubnàn: As aventuras de um mascate libanês. A obra reúne a mesma técnica do romance histórico utilizada por Cheuiche em publicações anteriores. Nas 176 páginas de Jabal... o leitor encontrará as histórias e fábulas da cultura rio-grandense.
Mas não é só isso. "Utilizei vários arquivos de família", diz o pelotense naturalizado caçapavano, em entrevista por telefone ao Diário Popular. A obra, segundo o autor, é uma leitura dinâmica, pois reúne as aventuras de um mascate (vendedor) durante a Revolução Federalista. "É, sobretudo, uma forma de desmitificar a visão que muitos ostentam sobre os povos imigrantes no Estado", ressalta Cheuiche.
"O imigrante alemão não é, pelo fato de ser de origem germânica, necessariamente nazista", explica ele o enfoque da obra. "Libaneses, portanto, não são, pelo fato de serem descendentes de árabes, seguidores de Saddam Hussein." Os mascates, acrescenta o romancista, também estão valorizados na obra. "Eles faziam as vezes de correio durante a Revolução."
Alcy Cheuiche lança, ainda, outras duas publicações. Estórias e Lendas de Caçapava do Sul e Estórias e Lendas de Bagé. Ambos são fruto de oficinas literárias realizadas por Cheuiche com alunos da Universidade da Região da Campanha (Urcamp). "A forma clássica da oficina literária é oriunda da Inglaterra e da França. Nos dois casos, optei por um método adaptado à região", diz.
Cada um dos alunos escreveu três contos, que estão presentes nas publicações. "A leitura é atraente pelos relatos folclóricos, abundantes nas regiões de Caçapava do Sul e Bagé." As obras buscam, sobretudo, valorizar os talentos que, muitas vezes, estão fora do círculo que "dá as cartas": a capital. "As publicações mostram que existem talentos ainda por serem descobertos no interior do Rio Grande do Sul."
E idade, para a criação literária, não é problema. "Participaram das oficinas alunos de 16 a 70 anos", comenta Cheuiche. Para ele, a idade não é determinante: o que vale a pena é a vontade de escrever. E o olhar regional dos novos contistas está impresso em cada uma das páginas que Alcy lança hoje na 31ª Feira do Livro de Pelotas.
NA BIBLIOTHECA
Logo após o lançamento das obras na Feira, Alcy Cheuiche, acompanhado por Jorge Moraes e Mario Osorio Magalhães conversa sobre produção literária. Será no Salão Nobre da Bibliotheca, às 19h30min, com entrada franca. Vai lá.

Marcus André Bugs - Diário Popular de Pelotas - on-line

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Alcy Cheuiche é o patrono da 7ª Feira do Livro O escritor alegretense Alcy Cheuiche é o patrono da 7ª Feira do Livro de Gramado, que está sendo realizada entre 27 de junho e 13 de julho de 2003. Cheuiche foi escolha unânime da comissão organizadora do evento, que levou em conta a popularidade do autor e de suas obras junto aos estudantes de Gramado. O carisma do escritor se explica pela sua participação no Projeto Autor Presente, do Instituto Estadual do Livro, durante a Feira do Livro de 2002. “Cheuiche foi muito atencioso e receptivo, por isso seu nome foi lembrado para patrono desta edição”, diz a secretária de Educação e Cultura, Vera Pante.
Para o escritor, ser patrono da Feira do Livro de Gramado é uma grande honra. “Buscarei valorizar ao máximo o evento”, diz o autor.
Seção de autógrafos
Cheuiche lançou a 2ª edição do livro “Na garupa de Chronos” na 7ª Feira do Livro de Gramado. Vencedor do “Prêmio Açorianos 2001”, a obra é composta por uma seleção de crônicas que veicularam nos principais jornais do Rio Grande do Sul, de 1980 a 2000. Participaram também os alunos da “Oficina de Criação Literária Alcy Cheuiche”, de Bagé com o livro “Estórias e Lendas de Bagé”, de autoria de Ana Maria Delabary, Ana Maria Feltrin, Angelina F. Quintana, Bruno Delabary, Cristiane Betemps, Elizabeth Fagundes, José Brito e Orlando Brasil; Caçapava do Sul com “Estórias e Lendas de Caçapava do Sul” de autoria de Cristina Oliveira, Eneida Marques, Carlos Cassel, Lucas Zamberlan, Luiz Hugo Burin e Remaldo Cassol.
A seção de autógrafos foi realizada no sábado dia 28/06, na rua coberta onde a feira está montada. Muitas pessoas prestigiaram o evento, entre eles o Prefeito de Gramado Pedro Beltolucci, os escritores Luiz Antônio de Assis Brasil e Valeska de Assis, o radialista e escritor Walter Galvani, entre outros amigos.


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Serra acima
O escritor alegretense Alcy Cheuiche será o patrono da 7ª Feira do Livro de Gramado, que vai se realizar entre 27 de junho e 13 de julho. Cheuiche foi escolha unânime da comissão organizadora do evento, que levou em conta a popularidade do autor. O sucesso do escritor em Gramado tem origem na sua participação na Feria do Livro de 2002, quando esteve em diversas escola da cidade. Jornal Zero Hora, Segundo Caderno, Contracapa, página 12, terça-feira, de 8 de abril de 2003.


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 2 DE OUTUBRO DE 2002
IEL lança tributo a Alcy Cheuiche
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O Instituto Estadual do Livro (André Puente, 318) lança hoje, às 19h, o oitavo fascículo da coleção 'Autores Gaúchos - Nova Série', dedicado a Alcy Cheuiche.
Na obra, a trajetória do autor é recuperada através da literatura produzida ao longo dos anos, e revelada a partir de entrevistas feitas por Walter Galvani, Ivette Brandalise e Tânia Carvalho. Entre os títulos de destaque em sua produção, estão 'A Guerra dos Farrapos', 'Lord Baccarat' e 'Ana Sem Terra'.
Nascido em 1940, Cheuiche formou-se em Agronomia e Veterinária pela Ufrgs em 1962. Em 1985, recebeu o prêmio literário Ilha de Laytano com 'A Guerra dos Farrapos', e, em 1998, duas premiações por 'Nos Céus de Paris'. Já em 2001, 'Na Garupa de Chronos' arrebatou o Prêmio Açorianos 2001. Com livros traduzidos na Alemanha e no Uruguai, o autor é ainda poeta e intérprete de poesia. Em setembro último, foi condecorado pelo governo do Estado com a Medalha Simões Lopes Neto, concedida a personalidades de destaque por suas atuações nos campos da Cultura, Arte, Letras, Educação e Magistério.

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